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Um episódio bizarro de "Black Mirror" está próximo de virar realidade

  • Foto do escritor: Leticia Carmo Lopes
    Leticia Carmo Lopes
  • 22 de jul. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 22 de jul. de 2024

A será que a inteligência artificial está indo longe demais?

Black Mirror

Imagine você conseguir falar com uma pessoa que já passou desta pra melhor através da IA? Pois é... isso pode se tornar possível muito mais rápido do que você pensa.


O avanço da tecnologia trouxe inúmeras possibilidades antes inimagináveis, especialmente no campo da inteligência artificial (IA).

Entre essas inovações, uma das mais intrigantes e controversas é o uso da IA para lidar com o luto e a perda de entes queridos.

Inspirado por episódios de séries como "Black Mirror", onde a linha entre a realidade e a ficção se torna cada vez mais tênue, este artigo explorará as implicações dessa tecnologia.


Será que estamos prontos para abraçar essas novas possibilidades?


Ou a IA está indo longe demais?


Nota da editora: Se inventarem uma tecnologia parecida com o episódio San Junipero, aí vejo vantagem (viver pra sempre, coisa fácil).


Voltando ao assunto... o enredo de "Be Right Back" é como a música: "eu voltei, agora pra ficar... porque aqui é o meu lugar" 😂


No episódio "Be Right Back" da série "Black Mirror", somos apresentados a Martha, uma mulher que perde seu namorado Ash em um acidente de carro.


Devastada pela dor da perda e grávida, Martha decide experimentar uma nova tecnologia que promete trazer de volta a voz de Ash.


A inteligência artificial por trás do serviço vasculha as redes sociais de Ash para recriar sua personalidade e padrões de fala, oferecendo a Martha uma maneira de continuar interagindo com ele, mesmo após sua morte.


Mas Martha não para por aí. Ela eleva o jogo. A tecnologia avança para um estágio onde a simulação é transferida para um corpo de carne sintética, tornando-se uma réplica física de Ash.

A vida imitando a arte

Black Mirror

Embora "Be Right Back" seja uma obra de ficção, a ideia de usar IA para replicar a personalidade de alguém falecido não é tão distante da realidade quanto parece.


Pesquisas e desenvolvimentos em IA estão progredindo rapidamente, com empresas como OpenAI desenvolvendo algoritmos capazes de analisar e reproduzir padrões de fala e comportamento humanos.


Essas tecnologias levantam questões éticas e emocionais significativas sobre a privacidade, o consentimento e os impactos emocionais de reviver entes queridos através da IA.


Essa tecnologia ajuda ou atrapalha?


Uma pesquisa da MIT Technology Review alerta que esse tipo de tecnologia pode prolongar o luto e criar uma fuga da realidade.


Embora a possibilidade de ouvir a voz de um ente querido possa proporcionar conforto inicial, isso também pode impedir que as pessoas sigam em frente com suas vidas.


A dependência emocional de uma simulação digital pode ser prejudicial, mantendo os indivíduos presos a um estado de luto prolongado e dificultando a aceitação da perda.


Conforto vs. Realidade


Em uma entrevista ao site web3allstars, um especialista comentou que clonar a voz pode dar conforto a uma mãe doente que deseja que seus filhos possam pedir seu conselho ou consolo após sua morte.


Essa aplicação prática mostra um lado positivo dessa tecnologia, oferecendo uma maneira de preservar a presença e os conselhos de um ente querido.


No entanto, também destaca a necessidade de regulamentações e diretrizes claras para garantir que essas tecnologias sejam usadas de maneira ética e responsável.


É um eita atrás de eita!


Vantagens:


  • Conforto e Companhia: Para aqueles que estão sofrendo, a possibilidade de ouvir a voz de um ente querido pode proporcionar conforto e ajudar a preencher o vazio deixado pela perda.


  • Preservação de Memórias: A tecnologia pode ser usada para preservar memórias e histórias de vida, criando um legado digital que pode ser passado para futuras gerações.


Desvantagens


  • Prolongamento do Luto: Como mencionado, essa tecnologia pode prolongar o luto, impedindo que as pessoas sigam em frente com suas vidas.

  • Fuga da Realidade: Pode criar uma dependência de uma versão sintética da pessoa perdida, dificultando a aceitação da realidade.

  • Questões Éticas: Envolve questões complexas sobre privacidade, consentimento e a ética de replicar a personalidade de alguém sem seu consentimento explícito.


O Papel da IA na Comunicação com o Além


Dominic Ashbur, criador do Chat GPT, é a favor de permitir a comunicação dos vivos com o Além, combinando ferramentas de voz e inteligência artificial – com exceção do robô sintético (por enquanto).



Isso nos faz questionar até que ponto estamos dispostos a ir em nossa busca por conexão e imortalidade.


A possibilidade de conversar com uma versão digital de um ente querido falecido pode parecer uma solução reconfortante, mas também levanta preocupações sobre os limites da tecnologia e da ética.


O que a IA tem a ver com a minha vida hoje?


Com a evolução contínua da tecnologia, é provável que veremos mais inovações que misturam a ficção com a realidade.


A inteligência artificial já está presente em muitos aspectos de nossas vidas, desde assistentes virtuais como Alexa e Siri até algoritmos de recomendação em plataformas de streaming e redes sociais.


À medida que essas tecnologias se tornam mais avançadas, é crucial considerar como elas impactam nossas emoções, comportamentos e interações sociais.


Vamos pensar um pouco...


A utilização de IA para recriar entes queridos levanta questões profundas sobre o que significa ser humano.


Podemos realmente capturar a essência de uma pessoa através de dados digitais? E, se pudermos, devemos fazê-lo?


Essas são questões que filósofos e éticos estão apenas começando a explorar.


A criação de réplicas digitais de pessoas falecidas desafia nossas percepções de identidade, memória e luto, e nos força a reconsiderar o papel da tecnologia em nossas vidas.


O que o povo fala sobre isso?


Muitos especialistas expressaram preocupações sobre os impactos a longo prazo dessa tecnologia.


"Talvez seja por isso que me conecto com a tecnologia, porque é uma indústria que está constantemente tentando se superar simplesmente para desafiar as impossibilidades," disse um entusiasta de IA.

Enquanto isso, o público tem opiniões divididas – alguns veem o potencial de conforto e legado, enquanto outros temem as consequências éticas e emocionais.


De volta para o futuro


O episódio "Be Right Back" de "Black Mirror" nos oferece um vislumbre provocativo de um futuro onde a inteligência artificial pode nos ajudar a lidar com o luto e preservar memórias.


No entanto, também serve como um alerta sobre os perigos de depender demais da tecnologia para preencher os vazios emocionais e existenciais.


Eu posso te ajudar a fazer uma comunicação autêntica e com ética e humanidade. Entre em contato e vamos conversar!

 
 
 

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