E Se Fosse Possível Transformar o Impossível em Realidade com Suas Palavras?
- Leticia Carmo Lopes
- 14 de dez. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: 19 de dez. de 2024
Criatividade. Essa palavra carrega uma potência silenciosa, quase mística. Quando pensamos em transformar o impossível em realidade com suas palavras, não se trata apenas de moldar algo tangível, mas de dar vida às ideias que habitam os recantos mais profundos da nossa mente.

Criar é ousar imaginar o que ninguém vê, é desafiar os limites do possível e transformá-los em realidade.
Hoje, quero convidar você a refletir comigo: e se fosse possível transformar o impossível em realidade com suas palavras?
Para começar, quero compartilhar dois exemplos que me impactaram profundamente e ilustram como essa ideia pode ser explorada.
Um filme e uma série de TV, ambos construídos em torno da pergunta mais poderosa que podemos fazer:
“E se...?”.
Filme: "Sem Limites" (2011)
“E se... pudéssemos usar 100% da capacidade do nosso cérebro?”. Ter TODAS as suas memórias, livros, congressos, experiências compactadas, organizadas e disponíveis a hora que você quiser.
Essa é a premissa de Sem Limites, estrelado por Bradley Cooper e Robert De Niro, e baseado no romance The Dark Fields, de Alan Glynn.
A história segue Eddie Mora, um escritor em crise criativa que encontra a solução em uma droga revolucionária chamada NZT-48. Ao potencializar sua inteligência e organização mental, Eddie se torna uma força criativa imparável.
"Eu era cego, agora eu VEJO", diz Eddie.
Imagine ainda uma mente tão organizada e poderosa que você fosse capaz de conversar com economistas a presidentes com a mesma desenvoltura.
O filme não apenas nos convida a sonhar, mas também a refletir sobre as implicações de usar nosso potencial ao máximo. É um lembrete de que o impossível pode ser apenas um convite para explorar o desconhecido.
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Um ponto interessante no filme é que, no fundo, o protagonista Eddie já era capaz de muitas coisas sem a droga – ele tinha o potencial, mas faltava autoconfiança para alcançar seus objetivos (coisa de escritor, por sinal).
A NZT-48 apenas desbloqueou algo que já estava latente
Esse ponto nos leva a refletir sobre como, na era da globalização e com o avanço da tecnologia, o acesso ao conhecimento é quase ilimitado.
A ideia de uma droga que torna possível acessar todas as informações armazenadas no subconsciente é fascinante, mas também levanta uma questão sobre os limites da ambição humana.
Não ter limites é liberdade ou escravidão?
Mesmo sendo poderoso e bem-sucedido, Eddie ainda desejava mais. Isso nos faz questionar se a falta de limites é uma bênção ou um caminho para o vazio.
Agora, vamos para um contexto diferente, mas igualmente fascinante.
"Ruptura" (2022), criada por Dan Erickson e dirigida por Ben Stiller, trabalha com a premissa: “e se pudéssemos separar completamente a vida pessoal da profissional?”
Na trama, os funcionários da empresa Lumon se submetem a um procedimento que separa suas memórias relacionadas ao trabalho das memórias pessoais, criando duas identidades distintas.
"Eu não poderei acessar minhas memórias pessoais enquanto estiver no andar da Lumon. Nem reterei as memórias do trabalho quando retornar pra casa no final do dia. Estou ciente de que essa alteração é abrangente e irreversível. Eu faço essa declaração livremente."
(Muitas pessoas iriam adorar esquecer o que fazem no trabalho🤣).
Voltando ao assunto… esse é o juramento que os "externos" fazem antes de passar pelo procedimento médico de Ruptura.

Ben Stiller captura brilhantemente a monotonia e a desumanização do ambiente corporativo através de uma fotografia marcante.
Cores como verde, vermelho (cores análogas), branco e cinza (cores neutras) reforçam a ideia de que trabalho e vida pessoal são totalmente separáveis.
Além disso, a série nos faz refletir:
E se pudéssemos esquecer aquilo que nos causa sofrimento ou distração?
Mais do que uma narrativa intrigante, Ruptura é um convite para pensar nos limites da memória, da identidade e do que significa ser humano.
Transformando o Impossível em Realidade com Palavras
Nós, comunicadores, temos um poder extraordinário. Usar as palavras para moldar realidades. Quando você escreve, você dá forma ao invisível, você materializa pensamentos e sentimentos que, de outra forma, permaneceriam no silêncio.
Lembre-se: tudo o que hoje é realidade, um dia foi apenas uma ideia.
A ideia de que poderíamos voar parecia absurda até que os irmãos Wright a transformaram em avião.
A ideia de conectar pessoas do outro lado do mundo em segundos parecia ficção até que a internet nasceu.
Transformar o impossível em realidade começa com uma história.
Uma narrativa que inspire, que questione, que desafie. Essa é a essência da criatividade: pegar algo aparentemente inalcançável e dar-lhe forma e propósito.
Desafie-se: Crie o Seu "E se..."
Agora, quero convidá-lo a um pequeno exercício.
Pegue um pedaço de papel ou abra o bloco de notas no seu computador e complete esta frase: E se fosse possível...?
Deixe a imaginação fluir. Não imponha limites.
Pense nas transformações que você gostaria de ver no mundo. Você pode criar o próximo grande filme, o próximo grande livro ou até mesmo o próximo grande passo para a humanidade.
Tudo começa com a vontade de imaginar.
Albert Einstein disse a frase "A imaginação é mais importante que o conhecimento."
Exercício para do "E se..." para treinar a Criatividade
Tanto Sem Limites quanto Ruptura mostram que grandes ideias começam com uma pergunta simples: e se...?
Essa pergunta é a centelha inicial de toda transformação.
Pergunte-se agora: E se....
E se pudéssemos pausar o tempo para corrigir erros ou reviver momentos? Como seria essa história? "De Volta Para o Futuro" já fez isso muito bem, mas você também pode fazer do seu jeito.
E se uma simples refeição pudesse curar o corpo e a mente?
E se houvesse um dispositivo que nos permitisse sentir exatamente o que outra pessoa sente?
Essas premissas parecem saídas de um filme de ficção científica, mas o que impede que se tornem reais?
Talvez, seja apenas a coragem de sonhar em voz alta e buscar as ferramentas para construir o caminho.
Minha Própria Jornada com o Impossível

Sempre que me vi frente a frente com um obstáculo, a primeira coisa que fiz foi reformular a questão:
E se esse desafio fosse, na verdade, uma porta disfarçada? Escrever me ajudou a enxergar essas portas.
Cada palavra que coloco no papel é uma chance de abrir novas possibilidades, tanto para mim quanto para quem me lê. E eu acredito que você também pode fazer o mesmo.
Então, da próxima vez que sentir que algo é impossível, lembre-se: o impossível é uma questão de opinião, como diria um monte de músicas. O que parece inalcançável hoje pode ser a história que você irá contar amanhã. E tudo começa com suas palavras.
Agora, eu pergunto: E se fosse possível transformar o impossível em realidade com suas palavras?
Quer ajuda para fazer isso? Só entrar em contato comigo clicando aqui.
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